segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Sinfonia

A fibra que recobre o vidro
Vibra na freqüência do infinito
Ressoa numa frenética dança...

A porta permanece torta
Feita de insólita madeira morta
Rangendo sem esperança...

O tiro que estoura o tímpano
Tece trilhas sem destino
Ríspido como uma lança...

A gota que molhava a roupa
Espirra para longe e voa
Vai aonde ninguém alcança...

A fibra, a porta, o tiro, a gota
Notas únicas numa sinfonia louca
Tocadas por uma infeliz criança

Ass.: Márcio Beckman.

4 comentários:

ana wagner disse...

Lindo poema Sir. Gosto das suas metáforas e das rimas ricas. Beijo.

Anônimo disse...

valeu pela visita !
LuRussa
www.garotinharuiva.blogger.com.br

Anônimo disse...

Olá!
Obrigada pela visita!
Adorei a poesia...
Vc tem mesmo muito talento!
Voltarei mais vezes!
boa semana pra você!!!

Claudia Pinelli® disse...

Altamente lisérgica..
Muito boa..
Bjo.