sábado, 30 de maio de 2009

Paraíso Perdido



O meu universo paralelo
É um paraíso perdido
Saí de lá de repente
Sem ter consciência disso

Lá é a terra do sol
Das praias de eterno verão
Lá é onde o calor das pessoas
Aquece o nosso coração

Distante do mundo do frio
Vivia feliz e satisfeito
Mas achava-me mal colocado
E via lá muitos defeitos

Agora só sinto saudades
Pois terei que por aqui ficar
Distante da areia e do sol
E longe da brisa do mar

Lá é que há gente animada
Nas festas e nos carnavais
É mesmo uma ilha encantada
Um tempo que não volta mais

Mas aqui também pode ser bom
É questão de me adaptar
Decerto terei de aprender
A viver neste novo lugar

Um mundo frio sem sol
Um mundo frio sem areia
Um mundo frio sem mar
Mas ainda assim repleto de sereias
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Ass.: Márcio B. S.
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P. S.: Poesia escrita no periodo entre 2002 - 2005. Resolvi posta-la aqui hoje porque tive um momento nostálgico, conversando sobre a minha saudosa São Luis, durante o almoço.
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Ouça: César Nascimento - Ilha Magnética

terça-feira, 26 de maio de 2009

Andanças




Caminhante, andante
Passista dançante
Ao som dos primeiros passos
Caminha confiante
Só pára no espaço
Que lhe é reservado
Mas este está vazio
Apesar de preenchido
A semente da esperança
Que provoca a animada dança
Também é a razão do pânico
E das crises de desânimo
Andarilho encurralado
Trancado, o espaço fechado
A mil pensamentos recorre
E várias milhas corre
Atrás de papéis percorre
Sozinho, ninguém socorre
Sem nada está ferrado
Sobrevivendo sobrecarregado
A todo momento testado
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Ass.: Márcio B. S.
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Ouça: Mutantes - Ando meio desligado
Assita: À Procura da Felicidade

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Amor Transcendente



É difícil ser poeta
Mas é fácil pensar nela
É difícil ganhar pouco
Mas por ela sou louco
É complicado ser terapeuta
Se para estar com ela a vida inteira
É preciso muito esforço

É difícil não dirigir
Se ela está longe de mim
É duro não ver chegar
O futuro a almejar
É difícil viver tranqüilo
Pois a quero sempre comigo
Precisando para isso
Ter meu nome no mercado

Ó, difícil romantismo
Neste mundo onde o capitalismo
Lhe vende e não dá espaço!
Incomum e ultrapassado
Virou só figurativo
Do dia dos namorados
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Ass.: Márcio B. S.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Soneto Final




O fim do que é o ser material
É só o começo desta melodia
Tão claro quanto a noite segue o dia
Não expressa ainda o acorde final

Mas como o belo coro de natal
Que o som está além do corista
O ser não é mais a casca vazia
E sim a essência de algo imortal

Agora feito um pensamento
Sem o peso que lhe acorrentava
O novo ser segue com o vento

Soando como o som de uma harpa
A alma humana é só sentimento
Saída assim de sua podre casca
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Ass.: Márcio B. S.

sábado, 9 de maio de 2009

Boa Noite ao Mundo Inverossímil!



Uma névoa, uma neblina, um nevoeiro
Um entorpecimento corriqueiro
Uma escuridão, um enlevo
Vozes fracas, vozes distantes
Imagens pálidas, odor enebriante
Um vôo, uma queda, um sumiço
"Onde está meu corpo? Estou perdido?"
Um pensamento num mundo não sinalizado
E o mundo surge do vazio abstrato
Prédios, carros e movimento
Lugares conhecidos fundidos ao sabor do vento
Amor, medo, solidão, emoção
Uma realidade temporária, uma vaga situação
Situação inesperada, impossível, improvável
Ferro derretido, pensamento plástico
Um deus num mundo só seu
Mas preso qual Prometeu
É ave comendo o próprio fígado
E outra cena surge num giro
Uma viagem sem rumo e direção
Um som perdido na escuridão
Que cresce, envolve e vira furacão
Gritos estridentes, luzes piscantes
Um sobressalto e lá se vai o inimigo
"Maldito despertador! Maldito!!!"
Um alarme acorda-o para o compromisso
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Ass.: Márcio B. S.
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Ouça: David Bowie - Starman

domingo, 3 de maio de 2009

O Dia "D"
















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Ass.: Márcio B. S.
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Assista: O Resgate do Soldado Ryan