quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A Dama do Vestido de Seda



A alegre garota avoada
Envolta na nuvem nociva
Flutua chegando atrasada
Trazendo um ar de euforia

Amiga íntima das plantas
E de tudo que é inanimado
Sorri seu sorriso metálico
Dançando na poeira branca

Perdida em suas memórias
Enquanto mistura seu chá
Sua mente embebida dá voltas
E volta pro mesmo lugar

Mas o seu olhar distante
Me transmite um significado
Trazendo à tona a lembrança
Do meu futuro passado

Em fina seda se veste
No seu mundo baseado
Num ébrio romance silvestre
No qual fico mudo e calado

Pois se as palavras ressoam vazias
Ao som da dança hipnótica
Poderia alguém fazer algo
Como ter uma atitude heróica?

Pois esse não é um mundo de heróis
E sim de uma vil heroína
No qual se desfia a morte
Em detrimento da vida

Mas tenho esperanças ainda
De vê-la despir seu vestido
E vestir-se de coragem
Para enfrentar seu destino
Ass.: Márcio Beckman.

5 comentários:

ana wagner disse...

Que lindo poema, Sir! Vc manda bem na prosa e na poesia. Assim é covardia rsrs. Beijão meu amigo!

Claudia Pinelli® disse...

Amei..
E por um momento, cheguei a viajar q estava falando da marijuana..rs..
Eu sei, su sei.. Viagem mesmo..
Lindo poema!
Bjo.

*Um Momento* disse...

Colocando a leitura em dia...
Adorei!!!!
Mas que beleza:o))
Deixo um beijo
(*)

Anônimo disse...

como sempre e como todos:
"uma porrada e um afago"
"un afago e uma porrada"

ou seria?
"um afago e mil porradas"
"uma porrada e mil afagos"

quem vencerá?

bj

cherry disse...

olha !adorei seus Sonolóquios menino... conheço uma garota assim...viajei muito com ela ...ate que um dia ela me fez cair numa poça de lama cheia de porquinhosssss, então fiquei muito brava por isso dei-a seguir e tomei outros rumos... essa menina é mesmo venenosa!!
ahh bela poesia... é sua???