
Por trás das paredes trincadas
Do muro da falsidade
Escorre por uma fresta
O líquido da verdade
Oculto por nossos pais
Por uma constante faxina
Não vemos nada de mais
A casa é mantida limpa
Mas por causa de um mero descuido
Nota-se por um instante
O cheiro do imperfeito
Um odor forte e nauseante
Não podendo mais ser contido
O enorme vazamento
Inunda a sala de estar
Causando aborrecimento
E num imenso mal-estar
Descobrimos a verdade
Desfazem-se as ilusões
Ficando a realidade
Todo esse sofrimento
Nos causa um terrível trauma
E uma dor interminável
Que nos angustia a alma
Num esforço para contê-lo
Criamos nosso mundo interno
Baseado no antigo modelo
Contraposto a esse novo inferno
Compulsivos juntamos tijolos
As sobras do muro ilusório
Reerguemos a parede rachada
Que agora serve-nos de fachada
Escondendo-nos de nós mesmos
Aprendemos a usar disfarces
Pois tememos nos ver no espelho
E encarar nossas próprias faces
Então pintamos nossa fachada
Com cores claras e escuras
Ou criamos nossa própria cor
E lhe adicionamos textura
Mas apesar da possível beleza
Aparente da grande mentira
Nada apaga a infinita tristeza
Da infeliz natureza escondida
Do muro da falsidade
Escorre por uma fresta
O líquido da verdade
Oculto por nossos pais
Por uma constante faxina
Não vemos nada de mais
A casa é mantida limpa
Mas por causa de um mero descuido
Nota-se por um instante
O cheiro do imperfeito
Um odor forte e nauseante
Não podendo mais ser contido
O enorme vazamento
Inunda a sala de estar
Causando aborrecimento
E num imenso mal-estar
Descobrimos a verdade
Desfazem-se as ilusões
Ficando a realidade
Todo esse sofrimento
Nos causa um terrível trauma
E uma dor interminável
Que nos angustia a alma
Num esforço para contê-lo
Criamos nosso mundo interno
Baseado no antigo modelo
Contraposto a esse novo inferno
Compulsivos juntamos tijolos
As sobras do muro ilusório
Reerguemos a parede rachada
Que agora serve-nos de fachada
Escondendo-nos de nós mesmos
Aprendemos a usar disfarces
Pois tememos nos ver no espelho
E encarar nossas próprias faces
Então pintamos nossa fachada
Com cores claras e escuras
Ou criamos nossa própria cor
E lhe adicionamos textura
Mas apesar da possível beleza
Aparente da grande mentira
Nada apaga a infinita tristeza
Da infeliz natureza escondida
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Ass.: Márcio B. S.
Um comentário:
Meu... tu curte Lovecraft?
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