quarta-feira, 18 de março de 2009

Insensibilidade Cinestésica




Não sinto meu corpo
Não sinto suas partes
Talvez esteja morto
Ou apenas aparte

Como posso me localizar?
Como posso me sentir?
Perdi todo o meu equilíbrio
Tenho medo de cair

Do mundo represento o vazio
Vago entre mortos, vago entre vivos
Sempre caminhando como um longo rio

Mas se sou rio
Onde está a nascente?
Onde nascem os problemas
No corpo ou na mente?

E eu tenho corpo?
E eu tenho mente?
E eu tenho vida?
Me sinto dormente

Sou cria do mundo
E dele não faço parte
Só me resta escrever
E espalhar minha arte
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Ass.: Márcio B. S.
_
Assista: Darkman, vingança sem rosto (filme)

2 comentários:

Gabriel disse...

O pior não é a tristeza ou a alegria, é a indiferença, a sensação de que o corpo, coração, alma, não mais fazem parte do que você faz, sente, pensa, como se nós estivéssemos fora do que nós somos (sensação estranha - será que estamos respirando? será que faz diferença se pararmos?)

Dias difíceis, os de insensibilidade. Mas parecer parcial em relação (contra) ela já é um sinal de que é só um dia, e que está terminando.

Abraço,
Gabriel

Menina Marota disse...

E efectivamente escreveste muito bem todo esse sentimento que te inunda a alma...

Gostei muito da tua poesa.

Um abraço ;)