
Não sinto meu corpo
Não sinto suas partes
Talvez esteja morto
Ou apenas aparte
Como posso me localizar?
Como posso me sentir?
Perdi todo o meu equilíbrio
Tenho medo de cair
Do mundo represento o vazio
Vago entre mortos, vago entre vivos
Sempre caminhando como um longo rio
Mas se sou rio
Onde está a nascente?
Onde nascem os problemas
No corpo ou na mente?
E eu tenho corpo?
E eu tenho mente?
E eu tenho vida?
Me sinto dormente
Sou cria do mundo
E dele não faço parte
Só me resta escrever
E espalhar minha arte
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Ass.: Márcio B. S.
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Assista: Darkman, vingança sem rosto (filme)
2 comentários:
O pior não é a tristeza ou a alegria, é a indiferença, a sensação de que o corpo, coração, alma, não mais fazem parte do que você faz, sente, pensa, como se nós estivéssemos fora do que nós somos (sensação estranha - será que estamos respirando? será que faz diferença se pararmos?)
Dias difíceis, os de insensibilidade. Mas parecer parcial em relação (contra) ela já é um sinal de que é só um dia, e que está terminando.
Abraço,
Gabriel
E efectivamente escreveste muito bem todo esse sentimento que te inunda a alma...
Gostei muito da tua poesa.
Um abraço ;)
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