sexta-feira, 15 de maio de 2009

Soneto Final




O fim do que é o ser material
É só o começo desta melodia
Tão claro quanto a noite segue o dia
Não expressa ainda o acorde final

Mas como o belo coro de natal
Que o som está além do corista
O ser não é mais a casca vazia
E sim a essência de algo imortal

Agora feito um pensamento
Sem o peso que lhe acorrentava
O novo ser segue com o vento

Soando como o som de uma harpa
A alma humana é só sentimento
Saída assim de sua podre casca
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Ass.: Márcio B. S.

3 comentários:

Gabriel disse...

Percebo o quanto nosso corpo é sempre sagrado ou secular, e é fonte de prazer e satisfação, ao mesmo tempo em que é o que não nos permite esquecer, por um dia que seja, que somos humanos e finitos, que precisamos daquilo que todos os outros precisam, que fazemos coisas que não cheiram bem, nos rendemos à necessidades primitivas.

Enfim... parece-me que sempre queremos nos libertar disso para ir um um tanto além, não é?

Mas será que poderemos? Não sei. Devaneio.

Abraço!

Não importa disse...

Muito bonito. Diga-me, caro escritor, vc me concederia uma entrevista? Ainda não tem nada certo, mas to pensando em fazer meu projeto final de jornalismo com um programa de rádio q entrevista blogueiros e músicos. Topas?

ana wagner disse...

Um poema todo correto na forma e com uma beleza intrínsica. Vojo que você tem bastante conhecimento em formas e estilos de poemas, coisa que me passa longe rsrs Tenho muito o que aprender e espero que tenha tempo pra isso, já que a vida corre.
Carinho,
Aninha