
Uma névoa, uma neblina, um nevoeiro
Um entorpecimento corriqueiro
Uma escuridão, um enlevo
Vozes fracas, vozes distantes
Imagens pálidas, odor enebriante
Um vôo, uma queda, um sumiço
"Onde está meu corpo? Estou perdido?"
Um pensamento num mundo não sinalizado
E o mundo surge do vazio abstrato
Prédios, carros e movimento
Lugares conhecidos fundidos ao sabor do vento
Amor, medo, solidão, emoção
Uma realidade temporária, uma vaga situação
Situação inesperada, impossível, improvável
Ferro derretido, pensamento plástico
Um deus num mundo só seu
Mas preso qual Prometeu
É ave comendo o próprio fígado
E outra cena surge num giro
Uma viagem sem rumo e direção
Um som perdido na escuridão
Que cresce, envolve e vira furacão
Gritos estridentes, luzes piscantes
Um sobressalto e lá se vai o inimigo
"Maldito despertador! Maldito!!!"
Um alarme acorda-o para o compromisso
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Ass.: Márcio B. S.
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Ouça: David Bowie - Starman
3 comentários:
hahahaha, q legal! Esse poema nasceu mesmo de um sonho?
Dadaísmo totaaal,hehehe.
Legal pra caramba
Ah! Esse está lindo! Bem como eu te vejo rs Perfeito! Parabéns.
Aninha
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