
Pela grama azul do céu
Infernizando a vida tranqüila
Cavalga a irascível nuvem
Trovejando sua raiva reprimida
É água, é vento, é vida
Vida latente que nutre vida
Vida mutante e fim da vida
Relâmpago cortante no fim da avenida
Nem sempre branca, serena e calma
É geada má e névoa na estrada
No negrume da noite é o negro fantasma
Um terror ascendente, uma louca enxurrada
É atraso na vida de uns
Alegria na vida de outros
Negligente, se importa com poucos
Montaria de homem nenhum
É espírito livre da natureza
Sem freio, sela ou correia
Mas é vítima do hábil domador:
O sol que a laça sem temor
Tempestade, frio, nuvem enfurecida
O Granizo: coices sem misericórdia
Vento e raio: um espasmo de agonia
De quem morre, mas não vive uma derrota
Quão persistente é o domador experiente!
E quão teimosa é uma nuvem assim raivosa!
Mas no duelo entre o invencível e o indomável
Vence o invencível e doma-se o indomável
O espírito livre vira escravo
Por enquanto ficará no novo estábulo
Ass.: Márcio B. S.
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Ouça: B. J. Thomas - Raindrops keep fallin' on my head
5 comentários:
Nossa! Que poema mais lindo, Márcio!
Fortíssimo o com metáforas incríveis!
Fiquei encantada, poeta, mesmo.
Não me faça elogios, por favor, pois estou em crise com a poesia rsrs
Meu carinho,
Aninha
"É água, é vento, é vida"
me lembrou 'é pau, é pedra, é o fim do caminho'.
ah, e obrigada pelo elogio aos meus contos. :)
É agua, é vento, é vida? Mas quando cai é pau, é pedra, é o fim do caminho...
É Suzana rapaz! Quando fiz o blog, era pra ser lido por poucos, daí não assinei com meu nome. Mas uns amigos descobriram e terminei contando pra todo mundo, daí que hoje não faz mais diferença ser anônimo ou não... =)
Olha! Pensei a mesma coisa que a Rafaela aí de cima! =)
esse é o melhor poema de todos!!!
eu adorei!!!! a associação com a montaria, o domar e a força da natureza...
lindo!!!
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