segunda-feira, 20 de julho de 2009

Após o Holocausto


















Palavras são armas
Cortam-lhe a alma
Quando mal usadas
Trazem-lhe desgosto
Arrancam do rosto
A alegria da vida
Pois causam feridas
Atingem a todos
Derrubam a máscara
Agora quebrada
A fina porcelana
Mergulha na lama
Desfazem-se os laços
Dos velhos cadarços
Agora desamarrados
Estão em desuso
















São dias confusos
E noites em claro
Após o holocausto
Desfez-se a ilusão
Ficou a explosão
E tudo o mais queimado
No vazio amargurado
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Ass.: Márcio B. S.
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Assista: O Pianista

Um comentário:

bruno nobru disse...

cara, leio esse texto e sinto vivencias em metafora de cotidianos levados pela poeira do ar que vagarosamente nos empurra e pressiona, como numa açao atomica de uma bomba potente, a vida desfeita e re-feita, destroi e se constroi, engoli essas letras como uma melancia