terça-feira, 1 de julho de 2008

O Ciclo Incessante do Imaginário

O Ciclo Incessante do Imaginário















Que sonhos sublimes sonha o sonhador!
Cuja fonte de idéias se mantém ativa
À espera de seu gêmeo, o concretizador
Do qual, como o sonho, é apenas sombra viva

E o sonhar não espera, abre as asas para a vida
Como o falcão ascendente, uma ave de rapina
Como todo predador, tem seu dia de derrota
Ergue vôo num instante e no outro já está morta

O concretizador conseguiu
E o sonhador consentiu
O sonhar morreu
E noutro instante renasceu
Com uma forma diferente
Mas ainda sim resplandecente
Seu velho corpo sem finalidade
De idéia virou realidade

Que linda arte fez o concretizador!
Escultura perfeita feita de matéria morta
À espera de alguém que a ela dê valor
Cuja mente absorva a beleza de tal obra

E a idéia inquieta quer fazer logo seu ninho
À espera de um abrigo, canta como passarinho
Produzindo um som agudo, alguém ouve seu chamado
Então um novo sonhador o adota de bom grado

O sonhador o devora
E logo um novo sonho brota
Não é pensamento seu
Mas foi quem desenvolveu
Não pensando só em si
Deixa seu sonho fluir
Com um novo colorido
Refaz agora todo o ciclo

Que sonhos sublimes sonha o sonhador!

Ass.: Márcio Beckman.

Um comentário:

Senhora disse...

Voltou! Que bom!